A estadia em Mongu tinha apenas 3 objectivos:
- Encontrar um mapa da Zâmbia;
- Obter o máximo de informações sobre a estrada até Livingstone;
-Abastecer-me de produtos alimentares e outros produtos:
O mais fácil seria começar pelo 3º ponto, pois era o mais objectivo e directo. Uma simples inspecção às prateleiras do supermercado e o assunto ficaria resolvido.
Encontrar um mapa da Zâmbia em Mongu é que parecia ser uma missão impossível.
Em primeiro lugar disseram-me que poderia encontrar um mapa, nas instalações da Administração do Município. Dirigi-me até ao edifício da Administração onde fui atendido por uma prestável senhora que referiu não poder ajudar, pois como era hora do almoço os responsáveis não se encontravam nos respectivos gabinetes. Teria que regressar 2 horas mais tarde.
Por volta das 15h00 regressei ao edifício da Administração onde tive a oportunidade de falar com aqueles que eventualmente me poderiam ajudar.
Disseram-me que não tinham mapas da Zâmbia mas que talvez na Road Develop Agency (uma espécie de Junta Autónoma de Estradas) conseguisse encontrar o que procurava.
Uma vez nas instalações da Road Develop Agency, falei com diversas individualidades até que cheguei ao Godfrey Songeya, o responsável pelo departamento de planeamento. Godfrey Songeya seria a pessoa ideal para me explicar qual o percurso que deveria seguir e qual a condição da estrada até Livingstone. Após uma completa sessão de explicações este não teve a menor hesitação em tirar da parede do seu escritório, o mapa em tamanho A1 do Sudoeste da Zâmbia e dar-mo – “Leva. Agora é teu”-dizia Godfrey.
Antes de despedir-me, aconselhou-me a visitar os escritórios do Departamento do Território, pois poderia conseguir alguma documentação mais detalhada.
Dirigi-me então ao Edifício onde estava o Departamento do Território. Após explicar a minha viagem e o que pretendia, indicaram-me o Departamento de Topografia e daqui indicaram-me o Departamento de Estatística.
Apesar de não conseguir o mapa da Zâmbia, ia recolhendo bastantes informações acerca da estrada para Livingstone e quais os cuidados a ter. Toda a gente com quem falei demonstrava-se bastante prestável e interessada em saber pormenores sobre a minha viagem dando-me todo o tipo de sugestões.
Já sabia que os primeiros 320kms seriam rumo a Sul e divididos em 3 fases. Em primeiro lugar teria 100kms de alcatrão até Senanga. Depois teria que apanhar outro barco por uns 30kms, porque a estrada e a ponte para Nangweshi, estavam submersas. De Nangweshi para Sesheke seriam 200kms de “Very fine gravel” e de “Very fine off-road””, opinião unânime por todos. Nesta zona poderia ter encontros com elefantes e alguns leões, estes últimos era muito improvável.
Após Sesheke seriam apenas mais 200kms para Este, até Livingstone e com estrada alcatroada.
Aproveitei o tempo livre para fixar melhor os suportes das garrafas da bicicleta, que demonstravam alguma deslocação relativamente à sua posição inicial.
A preparação das próximas etapas estava resolvida dentro do possivel. Era altura de fazer as malas e arrancar para uma nova fase da viagem… desta vez num país novo…
É o meu irmão!!
ResponderEliminar:)
João Fontes
Sente-se que é um capítulo novo e diferente da tua viagem .
ResponderEliminarDesperta o interesse e a curiosidade em conhecer as "cenas dos próximos capítulos " .
Fico à espera .
Abraço
Ângelo
Vá, vá, depressa com esses km. em terras zambianas, estou ansioso dos próximos pelos próximos capítulos!!!
ResponderEliminarGrande abraço
Carlos Miguel
Levas mais produtos de higiene do que massas!!! Ora aí esta uma boa Gestao da importância relativa das coisas!!! :-). será que na Zambia elas so olham para gajos levadinhos e de barbinha feita?!
ResponderEliminarAbraço do Niger!
Agora aguarda mos os capitulos da Zâmbia.
ResponderEliminarcontinuação de boa viagem e que corra td bem.
Abraço
Paulo Dias
Confirmo agora o que pensei desde que soube que ias "passar uns dias a viajar em África" . Não é uma aventura , é um projecto .A preparação , a previsão , o "caderno de encargos" , o domínio das situações e o controle das emoções , mostram isso mesmo .
ResponderEliminarVai-nos enviando relatos da viagem .
Abraço
Ângelo
Estamos cada vez mais presos aos teus relatos... :)
ResponderEliminarSónia & Nuno Capote Sacra
Acabei de ler os teus últimos episódios e deliciei-me com as fotografias das paisagens,com o "suspense" e descrição das tuas peripécias e com os comentários que fazes em estilo "off-record".
ResponderEliminarContinuação de boa viagem e cá estamos à espera dos próximos capítulos...
Um abraço,
Celso
Força aí , branco maluco:))
ResponderEliminarNo fim da viagem podes sempre vir a organizar safaris por terras Africanas ou montar um belo de um restaurante Afro com o delicioso funge:) como comida principal.
Abraço do teu primo Nuno.
PPPPPPPfffffffffffffffffffffff
só te posso dizer uma coisa....
ResponderEliminarGANDA MALUCO!!!!!!!!
força fontes
grande abraço
vitor tako
Sempre acreditei que alguns estão destinados a ficar associados a grandes feitos.
ResponderEliminarForça
Um Abraço
Francisco Costa
Marretola!!!
ResponderEliminarO que estás a fazer é realmente uma grande aventura, continua com esse espírito e boa sorte para esta nova fase...
Fortíssimo!!!
Grande abraço,
António