Os dias passados em Lusaka foram de algum modo uma desilusão.
Em primeiro lugar começou pelo local onde eu tinha instalado a tenda. Uma pensão de referência no mundo dos backpackers, na qual eu depositei demasiadas expectativas.
Desde que havia ficado instalado na JollyBoys em Livingstonia, que ouvia falar na Cha-Cha-Cha Backpackers Lodge em Lusaka.
No mínimo a Cha-Cha-Cha teria instalações e ambiente semelhantes, pensei. Contudo tal não era verdade. Esta pensão em nada se poderia comparar com a JollyBoys (desde balneários, dormitórios, biblioteca, até ao ambiente, atendimento e serviço), ainda mais que praticava uma tabela de preços bastante irrisória para as condições que oferecia.
Logo no dia seguinte à minha chegada, decidi arrumar a tenda e procurar outro poiso para passar os dias seguintes.
Em segundo lugar a própria Capital.
Lusaka era uma desilusão por si mesma. Não havia nada de histórico-cultural para ver. A cidade de forma alguma convidava para um passeio pelas suas artérias que estavam repletas de trânsito, fumo e taxistas a buzinar. Uma vez mais voltava a comparar as cidades Angolanas com as cidades Zambianas, para concluir o que há muito havia concluído.
Qualquer cidade Angolana está muito mais completa de riqueza patrimonial que qualquer cidade Zambiana… até mesmo a Capital.
Em terceiro e último lugar o simples facto de ter sido obrigado a permanecer na cidade por mais tempo que o previsto.
Nos últimos dias da minha permanência na Capital do país, acabei por ficar ligeiramente azedado e com princípios de febre.
Apressei-me a fazer o teste da malária para tirar qualquer tipo de dúvidas. Resultado negativo. No entanto receitaram-me uns antibióticos e anti-inflamatórios para ir tomando ao longo de 5 dias. Período esse em que eu deveria estar em repouso.
“Mas como é que vou estar em repouso se ando a viajar de bicicleta?”- Pensei.
Não gostei dos resultados das análises, o que me levou (no dia seguinte) a procurar outra clínica para fazer novos testes.
Retiraram do meu bracinho quase um litro de sangue que foi submetido a diversos exames.
Em conclusão: eu tinha uma infecção no sangue, sabe-se lá aonde e provinda de sabe-se lá o quê.
Solução: cinco dias de repouso e a tomar a medicação já receitada pela clínica anterior.
Com tanto tempo livre e para celebrar os 2 meses da minha saída de Luanda, decidi dedicar algum tempo às arrumações, lavagens, manutenções e planeamento da rota.
Analisando as diversas possibilidades para chegar à Ilha de Moçambique ou até mesmo para chegar a Pemba.
Olá meu...
ResponderEliminarAs melhoras para ti, e força nessas pernas que eu esotu ansioso de ler os teus relatos em terras Moçambicanas...
Carlos Miguel