Zâmbia – Livingstone e as Victoria Falls

 

Decidi passar alguns dias em Livingstone, não só para relaxar como também para obter informações sobre pontos de interesse na Zâmbia.

A bicicleta tinha a manutenção em dia, consequentemente não necessitava de atenção.

A lavagem de roupa e a cozinha seriam as únicas duas tarefas domésticas que eu teria que cumprir.

A cidade de Livingstone estava provida de boas infra-estruturas, muito provavelmente fruto do crescente aumento de turistas às Victoria Falls.

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A Carta de Estradas que trazia desde Mongu não discriminava muito mais além de Livinstone. Teria que encontrar outra Carta, desta vez da zona Este da Zâmbia, ou então um Mapas das Estradas.

Dirigi-me ao Posto de Informações da cidade para tentar conseguir um mapa da Zâmbia ou indicações onde poderia encontrar um… mas tal como em Mongu, não havia nada.

Na melhor livraria de Livinstone, encontrei todo o tipo de mapas e de guias turísticos, mas nenhum deles referentes à Zâmbia.

Dava ideia que alguém que já estivesse a viajar na Zâmbia nunca iria adquirir um mapa do país, pois supostamente já deveria ter um.

 

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O museu de História Natural (The Livingstone Museum) estava bem munido de cenários, de artefactos e de utensílios usados ao longo dos tempos pela humanidade.

Especial destaque para os dois cenários feitos às escala 1:1, em que se comparava as comunidades do paleolítico e as actuais comunidades rurais.

Além do pacote de leite e de uma caixa de preservativos, as diferenças mais notórias eram, uma bicicleta e um rádio a pilhas.

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O local onde eu estava alojado disponibilizava a todos os clientes, uma viagem diária (apenas de ida) para as cataratas. O regresso seria à conta de cada um, utilizando um dos táxis locais.

Decidi apanhar boleia do mini-bus da Jollyboys e ver de perto uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo. Afinal de contas fora por esta razão que fiz um desvio no meu trajecto inicial.

Uma vez na bilheteira para o parque, cumprimentei o pessoal na língua local… mais meia dúzia de palavras em Nyanja e deram-me um bilhete de ingresso para residente (USD 1,50) em vez do bilhete para turista (USD 20,00).

Muito possivelmente passei por estrangeiro residente na Zâmbia, devido ao tom escurecido dos meus braços e à falta de bochechas que eu apresentava na cara.

As Victoria Falls eram de facto umas quedas de água impressionantes, com cerca de 100 metros de altura e quase 2 quilómetros de largura

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Havia uma passagem que nos levava até ao rochedo em frente das DSC00331quedas de água, em que ao atravessa-la todo e qualquer aventureiro ficaria mais molhado do que se tivesse caído ao rio.

 

Nem mesmo a minha máquina fotográfica que seguia dentro de 2 (dois) sacos de plástico bem amarrados, livrou-se do chuveiro à pressão. Era impossível contemplar as quedas de água da referida passagem, pois se abrisse os olhos era o mesmo que apontarem-me duas mangueiras de água directamente às vistas e a escassos centímetros de distância.

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A jusante das quedas de água podia-se avistar a ponte centenária na qual eu havia tirado as fotografias no dia da chegada a Livingstone.

Era também o local dos desportos radicais tais como bungee jumping, slide, etc

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O Zambeze proporcionava um agradável pôr-do-sol que podia ser contemplado em qualquer dos hotéis de luxo existentes nas margens do rio, a montante das cataratas.

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Era curioso ver que toda a zona das margens do rio era circundada com rede electrificada, a fim de proteger os turistas, dos hipopótamos e dos crocodilos.

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No planeamento da minha viagem, havia decidido seguir na Zâmbia ao longo do Zambeze e do Lago Kariba, ao invés de entrar no Zimbabué nesta fase. No entanto a hipótese de visitar este país manter-se-ia válida, desta vez através da fronteira de Chirundo.

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4 comentários:

  1. Essa última foto é fantástica. Estás, além de outras coisas, um fotógrafo e peras.

    Anabela

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  2. Já estavamos com saudades de mais um dia de aventura, desta vez um bocadinho mais calma... Isto de teres feito 2 posts seguidos, deixou-nos com água na boca! Parece que demora sempre muito a termos direito a mais um relato!
    Mas aqui estamos todos à espera...
    Beijos e continuação de boa viagem!
    Cris

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  3. wow! esa mesita con velita frente al río al final del día es todo un lujo, no?
    ; )

    beijos!

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  4. Já estavamos ansiosos dos teus relatos , mas finalmente chegou um .É um relato calmo , próprio de um aposentado que aprecia a paisagem , o pôr do Sol e que se delicia com um jantar à luz da vela.....Só falta a descrição da gastronomia , que espero continue a ser variada.Em vez de esparguete com sabor a galinha , ser esparguete com sabor a frango ...
    Ângelo

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